sábado, 29 de novembro de 2014

Reprovar ou Aprovar? Eis a questão!!

  A partir do texto lido, "Repetência: Um erro que se repete a cada ano" e da discussão em sala de aula, entendo que, nenhum professor (sério) comemore a reprovação de um aluno. Ninguém deve ser reprovado por causa de comportamento, mas sim por critérios bem definidos para que se avance nos estudos. E é ai que mora o problema.
  Nem sempre a escola tem os critérios bem definidos. A aula fica restrita a cópia do quadro e a resposta das atividades. A prova, quando é aplicada, reproduz o modelo exposto. Ou então, limita-se a repassar aos alunos uma lista de perguntas para que sejam respondidas de acordo com o modelo utilizado. Se um aluno não decorar o que se passou, fica com nota vermelha.
  A falta de conhecimento teórico-pedagógico em grande parte dos professores colabora com este quadro, mas, felizmente, nem sempre é a regra. Também existe a situação em que o professor tem ciência do seu dever, diversifica a metodologia das aulas, aplica diferentes tipos de avaliação e mesmo assim o aluno não consegue ir adiante, porque apresenta alguma dificuldade (aprendizagem – na aquisição do conhecimento) ou simplesmente porque não quer aprender.
  No caso da primeira hipótese, acredito que seja necessário um acompanhamento diversificado. Encaminhamento a um psicopedagogo já acho que seria um bom começo! De nada vai adiantar colocar um aluno com dificuldade de aprendizagem em uma sala de reforço com a mesma metodologia. Já na segunda hipótese, o aluno que não demonstra interesse pelo estudo, antes de tomar a decisão definitiva tentar de alguma forma saber o porquê desse aluno não ter interesse em ir para escola ou de estudar, pois o mesmo não obteve esse desinteresse a toa certo?
  A avaliação tem que ter um objetivo, um momento dialético no processo educacional visando o crescimento da autonomia. A avaliação não pode ser entendida como ponto final de um processo em que tudo poderá ter sido em vão. A questão não é uniformizar o comportamento, mas sim criar condições de aprendizagem e com isso evoluir na construção do conhecimento.
  Portanto, a aprovação ou reprovação após um ciclo qualquer tem quer ser meticulosamente repensado em função daquilo que se pretende avaliar no aluno. O que queremos saber? Suas competências e habilidades? Ou se ele é apenas bom ou ruim?
    Reprovar por reprovar não vai trazer benefícios nenhum, mas aprovar por aprovar também não. Uma coisa é importante dizer. O poder público deve acabar com a aprovação automática, e nós professores precisamos estudar mais, ter mais bases pedagógicas, orientações para podermos enfrentar mais um desafio que é: Aprovar ou reprovar?

Debate: Projeto Político Pedagógico.

 Na aula 05, lemos o texto "Projeto Político-Pedagógico da Escola: Uma construção coletiva", onde através dessa leitura, um debate na turma foi realizado com reflexões sobre.
Ilma Passos Veiga demonstrar neste estudo o entendimento do projeto político-pedagógico como a própria organização do trabalho pedagógico da escola como um todo.
Constantemente, o projeto político-pedagógico é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Nota-se aí um grande erro, já que este plano deve ser construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo dentro e fora da escola.
Todo projeto político-pedagógico é um projeto “político”, já que todo planejamento deve estar intimamente ligado aos compromissos sócio-políticos e com os interesses reais e coletivos da população. Deve também estar obrigatoriamente ligado com a formação de um indivíduo crítico voltado para uma sociedade cada vez mais articulada.
Somado a tudo isto, devemos salientar o plano como um “processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade, que não é descritiva ou constatativa, mas constituitiva”. Sua principal garantia de efetivação passa pela autonomia da escola, e a sua capacidade de identificar os vícios e virtudes da mesma. É a unidade escolar que detém o conhecimento relativo à vivência de seus membros. Não competindo aos órgãos tecnocratas a imposição de termos e essências não comuns às instituições.
A organização escolar deve ser pesada de “dentro para fora”. Para que isto ocorra, a escola deve utilizar sua equipe coletiva para a construção de seu projeto coletivo, rompendo assim, com o existente para avançar. É preciso entender o projeto político-pedagógico como uma reflexão do cotidiano escolar. Para tanto, precisa de um tempo razoável de reflexão/ação, com o intuito de se ter um mínimo necessário à consolidação de sua proposta.